No post de hoje, vamos falar mais detalhadamente sobre a VPPB (Vertigem posicional paroxística benigna). Quer entender mais sobre isso? Continue lendo!
O que é VPPB?
Vertigem posicional paroxística benigna é um problema na orelha interna que pode causar crises de tontura e vertigem a qualquer momento, principalmente ao movimentarmos a cabeça, geralmente têm curta duração, menos de um minuto.
Para que você entenda ainda melhor, saiba que o Ouvido, que de acordo com a regra de nomenclatura anatômica é Orelha, se subdivide em 3 regiões: Externa, Média e Interna. Sendo que a Orelha Externa é basicamente o pavilhão auditivo (popularmente chamado de “Orelha”) e o conduto auditivo, o qual termina na Membrana Timpânica; a Orelha Média é o espaço que se segue, onde há os famosos ossículos (martelo, bigorna e estribo), além de ser o local que chega a tuba auditiva (que é ligada ao nariz), e também tem a mastóide (um osso poroso que fica atrás do pavilhão auditivo); e finalmente a Orelha Interna que é basicamente o Labirinto, estrutura que na parte da frente tem a Cóclea, sensor responsável pela audição, e na parte posterior os Canais Semicirculares e Órgãos Otolíticos (sáculo e utrículo), sensores responsáveis pelo equilíbrio.
A VPPB é uma doença que primariamente atinge o Utrículo. Dentro dele há vários cristais, microscópicos, de carbonato de cálcio (otólitos ou otocônias) aderidos a uma porção gelatinosa, e embebidos por um líquido (endolinfa) que permeia todas as estruturas labirínticas.
Esses cristais têm um papel importante em nosso dia a dia para que mantenhamos o equilíbrio do corpo. Porém, se eles se deslocarem e atingirem os canais semicirculares irão favorecer ao aparecimento de crises de vertigem quando fizermos simples movimentos com a cabeça, como, por exemplo, quando a inclinarmos para a frente ou para trás, ou simplesmente ao virar na cama, e podem ser acompanhadas por náuseas e até vômitos.
Tudo isso merece tratamento porque as crises podem levar a pessoa a sofrer quedas e até outros acidentes mais sérios.
Diagnóstico e tratamento
O paciente com VPPB deve ser tratado por um médico especialista, neste caso o Otoneurologista (que é um médico otorrinolaringologista, que depois se especializa nas doenças que acometem o labirinto).
Este profissional costuma diagnosticar o problema por meio do exame físico e, se constatada a VPPB, pode realizar algumas manobras de reposicionamento dos otólitos (Epley, Semont, Barbecue, Yacovino, Zuma, Lempert etc). A manobra adequada irá depender do local para o qual os otólitos migraram, portanto realizar qualquer manobra sem saber onde está o problema (em qual canal semicircular, e se está na porção do ducto ou da cúpula) pode até piorar o quadro clínico. Remédios não costumam ser receitados para tratamento neste caso.
Este tipo de tratamento resolve 90% dos casos em até 2 sessões de manobras, e pode ser repetido em outras oportunidades caso as queixas continuem.
E se a tontura persistir?
Neste caso, é preciso investigar outras possibilidades, o que não significa que as manobras de reposicionamento serão necessariamente suspensas.
Como dissemos no início, há outras causas de vertigem e é necessário avaliar cada caso para oferecer informações mais específicas a cada paciente.
Para começar a investigar de onde vêm as suas tonturas e vertigens, procure um médico especialista! O Doutor Rodrigo Cesar Silva é médico otorrinolaringologista e otoneurologista. Ele tem grande experiência no diagnóstico e no tratamento de tonturas que estejam ligadas a problemas no ouvido. Marque hoje mesmo a sua consulta!