Desequilíbrio causado pela Doença de Parkinson pode causar quedas

Doença de Parkinson e desequilíbrio: entenda os riscos

A Doença de Parkinson é reconhecida como um dos distúrbios neurológicos mais comuns que surgem com o envelhecimento, comprometendo principalmente a coordenação motora. Sua causa ainda é desconhecida, mas sabe-se que diversos fatores como genética, aterosclerose, acúmulo excessivo de radicais livres, infecções, traumatismo craniano, uso de medicamentos antipsicóticos e fatores ambientais podem ser desencadeantes. Vamos saber como a Doença de Parkinson afeta o organismo.

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Desequilíbrio pode vir da Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson ocorre por causa da degeneração de células situadas em uma região específica do cérebro. Essa região é chamada de substância negra e é ali que o organismo produz a dopamina. A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários de forma automática, conduzindo informações de comando do cérebro para o restante do corpo. Neste artigo da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, você pode entender com mais detalhes como a substância negra é afetada pela Doença de Parkinson.

A falta ou diminuição da dopamina (principal condição da Doença de Parkinson) afeta a coordenação motora, provocando sintomas como lentidão de movimentos, rigidez muscular, alterações na fala e na escrita, tontura e desequilíbrio. Esse conjunto de sinais e sintomas, no entanto, nem sempre se referem à doença em si. Eles também podem ser chamados de síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo – condições que podem surgir de doenças diferentes. Ainda assim, em 70% dos casos, a própria Doença de Parkinson é que gera os sintomas. Então, é preciso investigar com cuidado.

De acordo com especialistas da Parkinson’s Foundation, pessoas que sofrem com Doença de Parkinson apresentam risco de quedas duas vezes maiorem comparação com pessoas saudáveis da mesma idade. As causas dessa condição não são apenas as dificuldades motoras, mas também os sintomas não-motores.

Gestos do dia a dia, como inclinar o corpo para colocar os sapatos ou se levantar de uma cadeira, podem provocar tanto o desequilíbrio em si quanto a queda da pressão arterial, trazendo tonturas e, consequentemente, maior risco de quedas.O sono insuficiente (condição comum em casos de Doença de Parkinson), além de fadiga, estresse e menos resistência emocional também são fatores que podem favorecer as quedas em idosos. E esse risco aumentado é algo que merece atenção.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre as consequências das quedas em idosos, a fratura no fêmur é uma das mais graves. Cerca de 30% a 40% dos idosos que quebram o fêmur não conseguem recuperar totalmente sua capacidade funcional, ou seja, deixam de realizar diversos movimentos, o que compromete bastante a qualidade de vida. Além disso, vale lembrar que a queda é a principal causa de morte acidental entre os idosos e é considerada um problema de saúde pública. Portanto, vale prevenir!

Como é o tratamento da Doença de Parkinson

Infelizmente, ainda não existe cura para a Doença de Parkinson. No entanto, ela não só pode como deve ser tratada. Além de combater os sintomas, inclusive o desequilíbrio, a intervenção médica pode fazer toda a diferença para evitar o progresso da doença.

Para isso, são usados medicamentos e, em alguns casos, até cirurgia que alteram o funcionamento das células do cérebro que atuam na produção de dopamina. Fisioterapia e terapia ocupacional são indicados para combater os sintomas e favorecer a mobilidade da pessoa com Doença de Parkinson. A fonoterapia também é muito importante para os que têm problemas com a fala e com dificuldade na deglutição.

Se você se identifica com os sintomas de lentidão de movimentos, rigidez muscular, alterações na fala e na escrita, engasgos, tontura e desequilíbrio, procure um otoneurologista. Com avaliação clínica e realização de exames específicos, é possível tratar a Doença de Parkinson o quanto antes.

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