Este exame nos permite avaliar o funcionamento das células ciliadas da orelha interna, e também a resposta neural inicial ao estímulo sonoro; todavia é empregado principalmente para tentar identificar sinais que indicariam aumento da pressão da endolinfa (hidropisia endolinfática), este é o princípio da Doença de Menière, porém tem outras situações que também causam este tipo de alteração.
Geralmente utilizado na investigação de pacientes com quadros de vertigem, zumbido e perda de audição.
O exame pode ser realizado utilizando 3 técnicas para captação do sinal: captação junto ao conduto auditivo externo, apesar de ser a mais cômoda é a pior em termos de confiabilidade dos resultados adquiridos; captação colocando o sensor tipo agulha, onde a membrana timpânica sofre uma microperfuração e o sensor capta o sinal muito próximo à orelha interna, numa região chamada de promontório, apesar de tecnicamente superior é um exame invasivo com o risco da perfuração da membrana timpânica permanecer; captação junto à membrana timpânica (justatimpânica), que é a que utilizo com meus paciente, pois tem boa qualidade de sinal captada e não é invasiva, portanto mais segura.
Este exame é empregado para avaliar principalmente a condução do estímulo neural que é causado pelo estímulo sonoro, ou seja, identificar possíveis alterações que fossem desfavoráveis à conversão do estímulo sonoro em neural na orelha interna, e como é a “circulação” do estímulo neural até a base do tronco encefálico.
Também pode ser utilizado para identificar com qual intensidade sonora é possível captar estímulos no nervo auditivo, o que indica o chamado limiar eletrofisiológico. Este tipo de avaliação pode ser empregado em pessoas que necessitam ter uma avaliação do sistema auditivo, mas que têm alguma restrição que não permite a realização de uma audiometria convencional.
Costumeiramente é utilizado na avaliação de pacientes com perda de audição, tinnitus (zumbido), plenitude aural (sensação de ouvido entupido), e tontura.
Sua realização é bastante tranquila, onde colocamos alguns sensores de superfície (similares àqueles empregados na realização de eletrocardiograma) na cabeça do paciente, e colocamos fones de ouvido no paciente. Em poucos minutos, desde que o paciente tenha um repouso adequado, é possível realizar o exame dos 2 lados.
O uso deste exame visa identificar qual a menor intensidade sonora que há resposta do sistema auditivo, podendo estimar o limiar auditivo, de maneira bastante confiável, inclusive indicando o limiar por tipo de frequência sonora.
É sem dúvidas o exame eletrofisiológico mais moderno para identificar possíveis perdas auditivas, tendo seu emprego principalmente para as pessoas que desejam fazer uma avaliação pré e pós implante coclear, em casos de resultados duvidosos em audiometria convencional, ou então para os bebês e crianças que não conseguem fazer uma audiometria convencional.
Sua realização pode durar de 10 minutos até cerca de 1 hora, pois é um exame mais detalhado em termos de limiar auditivo que o BERA/PEATE. Para captação colocamos alguns sensores de superfície (similares àqueles empregados na realização de eletrocardiograma) na cabeça do paciente, e colocamos fones de ouvido no paciente. É importante para a boa captação do exame o repouso do paciente, em caso de bebês o ideal seria o exame durante o sono, e em crianças menores pode ser realizado com elas assistindo por exemplo desenhos no tablet, desde que fiquem em silêncio e sem se movimentar.
O exame de emissões otoacústicas ficou mais conhecido nos últimos anos como o “teste da orelhinha”, sendo utilizado em todos recém-nascidos com a finalidade de identificar bebês com possível alteração auditiva, todavia este exame também é realizado em crianças maiores e adultos.
O objetivo do exame é avaliar a função das células ciliadas da orelha interna, que são normalmente as primeiras a sofrerem alterações em situações que afetam a cóclea (porção anterior do labirinto) e causam transtornos auditivos, como perda de audição e tinnitus. Podem ser utilizados também para monitorar pessoas que estão sendo submetidas a tratamentos que poderiam levar a perda auditiva (ototoxicidade), como por exemplo, alguns antibióticos e quimioterápicos.
Temos no consultório os 2 tipos de emissões otoacústicas realizadas na prática médica, as transientes (OEAT / EOAT) e as produto de distorção (OEAPD / EOAPD).
A realização é bastante tranquila e rápida, bastando colocarmos um fone de ouvido no paciente e a sonda sonora fará uma pequena pressão no ouvido e sons em várias frequências. As respostas captadas não necessitam de sinalização do paciente, e pode ser feito com o paciente acordado sem problemas.