Há bastante tempo, pacientes que lidam com o zumbido, também conhecido como tinnitus, têm sido objeto de diversas investigações que se concentram nos aspectos psicológicos. Muitas dessas pesquisas apontam para um aumento na ocorrência de condições mentais, como ansiedade e depressão, em indivíduos com zumbido. Além disso, destacam a relação entre a gravidade do zumbido e o agravamento desses quadros psicológicos. Isso, por vezes, resulta em uma diminuição da autoestima, uma redução na qualidade de vida e uma perda de esperança em relação à perspectiva de melhora.
No entanto, é importante começar do princípio: o zumbido é, em primeiro lugar, um sintoma e não uma doença. Pode ser desencadeado por uma variedade de fatores, desde o acúmulo de cera (cerumen) nos ouvidos até alterações nas vias auditivas, como no caso de tumores ou doenças neurológicas, como a esclerose múltipla.
A ansiedade desempenha um papel significativo na intensificação, percepção e persistência do zumbido. O zumbido pode ocorrer durante um episódio de pânico ou em um ataque de ansiedade, e pode diminuir gradualmente à medida que o episódio de ansiedade se resolve. No entanto, em alguns casos, mesmo com a melhora de outros sintomas do ataque de ansiedade, a pessoa pode continuar experimentando o zumbido.
Além disso, o transtorno de ansiedade pode estar relacionado a outras alterações na percepção auditiva, como hiperacusia (sensibilidade aumentada aos sons), misofonia (aversão a sons específicos) e fonofobia (medo de sons).
Se você começar a perceber zumbido, seja nos ouvidos ou na cabeça, é aconselhável buscar a avaliação de um especialista em otoneurologia.