A tontura está entre as queixas mais comuns no idoso. Só para ter ideia, após os 65 anos, é um sintoma que pode afetar até 85% da população geriátrica. Diante desse cenário, tratar corretamente o problema se torna medida de urgência. Afinal, a tontura se associa ao maior risco de quedas— importante fator relacionado com morbidade e mortalidade nessa faixa etária.
O que é a tontura?
A população costuma utilizar o termo tontura para designar sensações de: desequilíbrio, cabeça vazia, flutuação, movimentação subjetiva do ambiente ou do próprio corpo, alterações de marcha, desmaio etc.
Contudo, cientificamente o termo tontura é um sinal primário de um distúrbio vestibular, mas também pode estar associado a problemas cardiovasculares, neurológicos, metabólicos, oncológicos, psicológicos e até mesmo devido tratamentos farmacológicos e não-farmacológicos.
O que causa tontura no idoso
De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, a tontura no idoso é mais comum nas mulheres (74,9%) e em pessoas na faixa etária de 65 a 74 anos.
As causas de tontura no idoso são inúmeras e, em geral, envolvem muitos sistemas do organismo. Doenças psiquiátricas (como ansiedade e depressão); cardiovasculares (como arritmias, enxaquecas, infarto); e neurológicas (como Doença de Parkinson e esclerose múltipla) devem ser consideradas.
Isso também vale para alterações metabólicas como diabetes, problemas musculares, alterações de visão e até uso excessivo de medicamentos, como diuréticos e betabloqueadores.
Falando especificamente de doenças do sistema vestibular, a tontura no idoso pode vir de alteração de posição do corpo ou da cabeça, Doença de Menière e até neurite vestibular. Em estudo feito pelo serviço de otoneurologia do Hospital São Paulo (EPM/UNIFESP) concluiu que a maioria dos idosos que sofrem com alterações vestibulares, e apresentam tonturas, tem como consequência um comprometimento de sua qualidade de vida.
Assim, conversar com um otoneurologista pode fazer toda a diferença para que a causa do problema seja identificada com precisão.
Como é feito o tratamento
De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento de tontura no idoso deve ser direcionado aos problemas mais passíveis de intervenção. Como as possibilidades de diagnóstico são bastante variadas, a investigação deve ser o mais completa possível.
Dentro da conduta mais comum, o tratamento da doença de base, ou seja, do que está causando a tontura no idoso, é o primeiro passo. O uso de medicamentos para controle dos sintomas vestibulares também é bastante comum, embora não seja mandatório.
Lembrando que o maior prejuízo ao idoso que sofre tontura é o elevado risco desse indivíduo sofrer uma queda. É claro que pessoas de qualquer idade correm o risco de cair, mas quando isso acontece com um idoso, pode representar um problema grave, levando inclusive a limitações funcionais que antes não existiam.
Portanto, se você se identifica com o quadro ou tem alguém na sua família com queixa de tontura, procure um otoneurologista.
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