Primeiramente, o que são esses “cristais”? Dentro do nosso labirinto temos 2 estruturas: o sáculo e o utrículo, os chamados órgão otolíticos, justamente aí que ficam pequenos cristais de carbonato de cálcio, conhecidos por otólitos ou otocônias ou estatocônias, que auxiliam na manutenção do nosso equilíbrio.
Os otólitos são estruturas microscópicas, medem cerca de 10 microns, o que equivale a 1 décimo de um fio de cabelo, daí não serem visíveis a olho nu; e têm densidade de 2,93 g/cm, similar a do granito; portanto é quase como se fossem um pózinho de granito.
Os cristais funcionam como pesos, portanto sofrem ação da força gravitacional, sendo assim eles sensibilizam as células sensoriais localizadas no sáculo e no utrículo. É por conta deste complexo sistema de sensores que conseguimos perceber nossos deslocamentos nos planos vertical e horizontal, ou seja, para frente e para trás, para um lado e para o outro, e para cima e para baixo.
Porém, pode acontecer dos otólitos se deslocarem para outros sítios do labirinto – um traumatismo crânio-encefálico, doença ou alterações na saúde podem tirá-los do lugar – e assim causar sintomas como vertigem, tontura, perda do equilíbrio, mal-estar, náuseas etc.
O deslocamento desses cristais causa uma doença chamada VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna), que comumente se manifesta por episódios curtos e recorrentes de vertigem, desencadeados por movimentos.
Se você possui algum sintoma descrito acima, procure um otoneurologista!
