A tontura representa cerca de 5 a 6% das consultas médicas. Ela pode ocorrer em qualquer idade, mas se torna mais comum à medida que as pessoas envelhecem. Tanto que afeta cerca de 40% daquelas com mais de 40 anos, em algum momento da vida, pelos mais diferentes motivos. A tontura pode ser temporária ou crônica, quando é sentida por mais de um mês.
A seguir, vamos saber mais sobre a condição e conhecer os 4 diferentes tipos de tontura.
A tontura traz diferentes sensações
Tontura é um termo utilizado pelas pessoas, geralmente, para descrever várias sensações. As mais comuns são a de desmaio iminente, de desequilíbrio ou instabilidade, de falso movimento e até a de estar flutuando na água.
Independentemente de como são descritas, essas sensações podem ser perturbadoras e até mesmo incapacitantes. Alguns tipos de tontura podem vir acompanhados de náuseas e vômitos, então, podem prejudicar bastante a qualidade de vida.
O que acontece é que a tontura é um sintoma de alguma alteração no organismo, que nem sempre indica uma doença ou condição grave.
Na maioria das vezes, é decorrente de alteração do labirinto, como uma labirintite (inflamação do labirinto, uma estrutura interna do ouvido), mas também pode vir de efeitos colaterais de medicamentos e até indicar alterações no equilíbrio ou na função cardíaca.
Quando episódios de tontura começam a ocorrer com certa frequência, é recomendado conversar com um otoneurologista para investigar e tratar as causas da tontura.
Mas atenção: se qualquer um dos tipos de tontura for muito forte ou prolongado (com duração de mais de 1 hora), é recomendado ir ao pronto-socorro para avaliação e tratamento imediatos.
Veja a seguir como podemos classificar a tontura em diferentes tipos, dependendo da sua origem.
Quais são os 4 tipos de tontura?
Existem muitos tipos de tontura e, para facilitar o diagnóstico, eles são classificados em quatro grandes categorias, dependendo da sua origem. São elas: tontura do aparelho labiríntico; tontura hemodinâmica; tontura de estruturas neurológicas; e tontura emocional.
Abaixo, comento sobre as condições mais comuns que se encaixam em cada uma dessas categorias.
- Tontura do aparelho labiríntico
É aquele tipo de tontura que causa uma sensação de desequilíbrio, como se você ou o mundo ao redor estivesse girando. Essa condição é frequentemente causada por um problema no ouvido interno e pode vir acompanhada de zumbido ou perda parcial ou total da audição. Esse tipo de tontura costuma ser desencadeada ou agravada por movimentos feitos com a cabeça, como virar de lado na cama ou olhar para o lado. - Tontura de estruturas neurológicas
É o tipo de tontura que vem com a sensação de desequilíbrio, como se você estivesse cambaleando. Nesses casos, a tontura costuma ser constante e, geralmente, acontece nos idosos ou em situações adversas. Alterações da visão, doenças neurológicas, pancadas na cabeça, neuropatias (comuns em casos de diabetes), consumo de álcool ou drogas e até uso de medicamentos podem ser causas desse tipo de tontura. - Tontura hemodinâmica
É a tontura decorrente de alterações cardíacas ou da circulação. Acontece quando a pressão arterial cai, e o sangue não é bombeado adequadamente para o cérebro, causando a sensação de desmaio, o escurecimento ou o aparecimento de pontos brilhantes na visão. Esse tipo de tontura pode surgir com o corpo em movimento, como durante um exercício ou, até mesmo de forma repentina, quando você está parado.
4 .Tontura emocional
Você sabia que alterações psicológicas, como a depressão e a ansiedade, também podem causar tontura? Nesse caso, a tontura vem como resultado de alterações na respiração, que também podem provocar falta de ar, tremores, aumento dos batimentos cardíacos e formigamento nas mãos, nos pés e na boca.
Como saber se é caso de procurar um médico?
Na maioria dos casos, a tontura surge como uma sensação leve, simples, breve (menos de 1 minuto) e não acarreta nenhum outro sintoma. Então, sugerimos que você aguarde e observe se os episódios são recorrentes.
Mas existem sintomas e características que acompanham a tontura e que podem ser motivo de preocupação. São eles: dor de cabeça ou no pescoço; dificuldade ao andar; perda de consciência (desmaio); dificuldade para ouvir, ver, falar ou engolir, dificuldade para mover um braço ou uma perna.
Quando esses sintomas se apresentam ou quando os episódios de qualquer tipo de tontura forem frequentes ou persistirem por mais de uma hora, é importante consultar um otoneurologista.
O primeiro passo é descobrir a causa da tontura e tratá-la. Para isso, pode-se suspender ou prescrever medicamentos (depende do caso); realizar manobras para reposicionamento de otólitos (uma manobra para recolocar os cristais do labirinto no lugar correto); prescrever uma dieta específica e até sessões de fisioterapia, que podem ajudar você a lidar com seu senso de equilíbrio perturbado.
Portanto, se você se identifica com qualquer um dos tipos de tontura, converse com um otoneurologista.
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