Você já ouviu falar na Síndrome de Arnold-Chiari?
Ela ocorre devido a uma anomalia anatômica no sistema nervoso central, em que nos casos mais brandos uma porção do cerebelo se insinua pelo forame magno ou até em casos mais graves nos quais inclusive porções do cérebro acabam herniando pelo forame.
Essa alteração pode ser congênita, ou seja, desde o nascimento, ou adquirida, em que surge ao longo da vida. Devido a isso uma séria de sintomas podem ocorrer:
– Cefaléia e dores no pescoço intensas
– Perdas súbitas de consciência
– Visão dupla ou borrada
– Fraqueza e comprometimento da sensibilidade dos membros superiores e inferiores
– Engasgos e soluços
– Alteração da da coordenação motora
– Tontura, vertigens e desequilíbrio
De acordo com critérios de exames de imagem podemos dividir a Síndrome em 4 tipos:
– Chiari I: É o mais frequente. Ocorre devido herniação das tonsilas cerebelares pelo forame magno.
– Chiari II: Neste tipo além do cerebelo, uma porção do tronco encefálico hernia pelo forame magno.
– Chiari III: Esse tipo ocorre quando o cerebelo e o tronco encefálico, além de se estenderem para o forame magno, acabam comprimindo a medula espinhal.
– Chiari IV: Esse tipo geralmente é incompatível com a vida. É quando há desenvolvimento incompleto das estruturas do encéfalo.
A suspeita diagnóstica se dá através da anamnese e do exame físico, sua confirmação é feita com o uso de exames de imagem. Também por vezes é importante a realização de outros exames complementares para avaliação funcional dos inúmeros sistemas que podem ser atingidos, tais como o sistema vestibular, visual, e motor.
O tratamento varia muito de acordo com os tipos e os sintomas. O ideal é o médico otoneurologista avaliar cada caso e direcionar o melhor tratamento.
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